Por Adamo Bazani, em 16 de fevereiro de 2017.
Veículos da Viação Mimo foram destruídos em garagem de São
José dos Campos. Caso aconteceu dois dias antes de empresa assumir
contrato com Queiróz Galvão.A direção da Viação Mimo, empresa de fretamento que atua no estado de São Paulo e que teve 21 ônibus destruídos num incêndio na garagem filial de São José dos Campos, interior de São Paulo, diz não ter dúvidas de que houve um ato criminoso.
O incêndio ocorreu na segunda-feira desta semana, 13, e durou mais de duas horas. Dez viaturas e 30 homens do Corpo de Bombeiros foram mobilizados.
Em entrevista ao Diário do Transporte na manhã dessa quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017, o proprietário da empresa, Cláudio Moreira, afirmou por telefone que o incêndio ocorreu dois dias antes de a companhia assumir um importante contrato de transportes de funcionários na região.
“Hoje começaríamos a prestar serviços para a Queiroz Galvão. Vencemos uma concorrência de tomada de preços para esse transporte. Desde que tínhamos ganhado essa concorrência, começamos a sofrer ameaças. Nosso gerente comercial, por exemplo, chegou a ser ameaçado de morte” – relata o empresário.
Uma outra empresa que antes prestava serviços para a Queiroz Galvão não teve o contrato renovado. Ainda segundo Cláudio Moreira, a perícia esteve no local e encontrou um coquetel molotov que foi jogado entre os 21 veículos. Pela posição, o artefato teria sido lançado a partir dos fundos da garagem.
O empresário de ônibus também disse que espera da polícia uma atuação mais firme. Segundo Moreira, o delegado responsável pelas investigações disse que a própria empresa tinha de ajudar a angariar todos os materiais possíveis para elucidar o caso porque a delegacia não tinha toda a estrutura de investigar o fato.
A Viação Mimo calcula que o prejuízo foi em torno de R$ 6 milhões. Os 21 ônibus destruídos foram fabricados entre os anos de 2013 e 2015, e a empresa ainda estava pagando o financiamento dos veículos, que não possuíam seguro.
FONTE: http://onibusbrasil.com/blog/2017/02/16/dono-de-empresa-que-teve-21-onibus-queimados-acredita-em-incendio-criminoso/