E cá estamos com mais um post detalhando a história e a operacionalidade das rodoviárias do estado do Rio de Janeiro. Esperamos que em breve possamos alargar essa série a nível nacional, podendo também mostrar rodoviárias de outros estados afim de buscar soluções para as mazelas do transporte público nacional.
Já mostramos o Terminal Américo Fontenelle, na Central do Brasil, o Terminal João Paulo II, na cidade de Itaperuna e agora vamos contar um pouco sobre a Rodoviária, que também é garagem e um pouco de galeria comercial. Hoje vamos falar do Terminal Garagem Menezes Cortes, mais conhecido como o Terminal Castelo.
Inaugurado em 1973, o Menezes Cortes surgiu para substituir o Terminal Rodoviário Erasmo Braga. O objetivo? Organizar o trânsito nas imediações, retirando os carros das ruas. Depois de 37 anos podemos concluir que a meta foi parcialmente concluída, já que o trânsito ali na Rua Nilo Peçanha e na Antonio Carlos em dias úteis fica caótico.
Mas em 1974, a idéia da administração do estado da Guanabara era que o Terminal servisse para estimular o transporte coletivo para a classe média. Para isso, foram criados os ônibus seletivos denominados “Frescões”.
Com os “Frescões” em atividade, a EBTU – Empresa Brasileira de Transportes Urbanos, criada em 1975 e extinta em 1991 – tinha como meta o seguinte plano para o transporte carioca: O Metrô seria o transporte de massa, os “frescões” seriam o transporte da classe média e o carro, destinado apenas as classes ditas altas para os deslocamentos casa x trabalho.
A pioneira nesse serviço foi a Redentor, que operava a Castelo x Taquara via Zona Sul (Hoje é a 2113). A Mathias e a Acari operavam as linhas Castelo x Campo dos Afonsos.
Para fidelizar a clientela, as empresas vendiam pacotes semanais – e até mensais! – de passagens, procurando manter uma boa imagem deste serviço seletivo. Mas a crise econômica que se iniciava por volta de 1981 causaou a redução do poder aquisitivo de seus clientes.
Mas com o passar do tempo vieram os ônibus executivos…mas isso é papo prá outro post, não concordam?
Vamos deixar os “Frescões para um outro post. Voltemos ao Terminal…
Por sua localização e acessibilidade, o terminal abriga em sua estrutura linhas que ligam a região do Centro do Rio as regiões Metropolitana, Serrana e dos Lagos.
O Menezes Cortes recebe clientes oriundos das Barcas, do Metrô e de linhas de ônibus que vem de outras partes da capital. Detalhe interessante é que no entorno do Terminal, há vários pontos de ônibus que saem do Castelo para bairros da Zona Oeste, Zona Sul e Zona Norte e até para o Centro da cidade.
Em 1998, graças a uma Parceria-Público-Privada, ou melhor dizendo, graças a uma privatização o prédio passou para as mãos de uma empresa que ficaria responsável pelas garagens, dependências e lojas do Terminal, a TGMC S/A.
Atualmente, a TGMC S/A aluga a CODERTE o espaço que funciona como Rodoviária e fica responsável pela conservação e manutenção da área.
Hoje, como podemos ver nas fotos, o terminal recebe em suas estruturas onibus do tipo convencional e do tipo executivo (ou os chamados “Intercity”) de cidades como Niterói, Magé, Guapimirim, Nova Iguaçu e de bairros da Zona Norte e Oeste da capital fluminense. Mas algum tempo atrás, estas plataformas eram o ‘point’ dos verdadeiros frescões. Vamos conhecer um pouco mais sobre eles? Aguarde e confie!
AS INFORMAÇÕES ACIMA SÃO DO RELATO DE VIAGEM.